sábado, 12 de janeiro de 2008

Ela me dizia que meu amor não lhe dava segurança.
E eu lhe dizia que quem quer segurança não deve buscá-la no Amor.
É melhor contratar uma empresa.
Mas ela, ingenuamente, insistia: queria que eu prometesse amá-la eternamente.
Queria vínculos, promessas, alianças, papéis e confissões.
Queria transformar-me de poeta em marido. Queria mudar quem sou.
Então, amorosamente, eu lhe dizia: Veja bem: segurança, certeza, estabilidade -- essas coisas você consegue apenas em relações mornas, cinzentas, tradicionais, medíocres...
Comigo não! O meu amor será sempre livre, aberto, instável, incerto, inseguro... Porém sincero, verdadeiro e maravilhosamente louco!
E se isso não te basta, compre um candeeiro, daqueles de querosene. Mantenha-o aceso ao teu lado, proteja-o do vento, e coloque um rótulo: "Só meu."
( Edson Marques)

2 comentários:

Primavera nos Dentes disse...

um ensinando o outro... enquanto um é cheio de insegurança, outro se basta de tanta certeza e lições. sempre o mesmo impasse...

Anônimo disse...

Ira´... Passando pra dizer que sempre passo pelo seu cantinho e feliz aqui com as transformações dessa mulher camaleoa que conquistou minha amizade... Beijo